quinta-feira, agosto 13, 2009

joyeux.

eu que nunca fui muito fã de surpresas, tive que discordar de mim e fiquei feliz por isso. quatro dias depois do ultimo post as coisas mudaram de rumo. o que estava caminhando para um lugar desconhecido voltou ao seu lugar de origem.
8 de julho. uma ligação e voilà.
ainda que eu revire o dicionário buscando palavras novas nenhuma é capaz de explicar melhor o que eu sinto do que esta:
amor!
e ontem foi um dia bom. dia de comemorar. e contam já onze meses. e tudo que se passou naquele parentese que tivemos que abrir não tem importância. e se houve dor, tristeza e lágrimas por ocasião dessa lacuna, hoje não há mais.

sábado, julho 04, 2009

é isso.

muito tempo embaixo do chuveiro. água muito quente direto nas costas e a sensação de que a qualquer momento a pele vai sair do lugar. sem dor. só a sensação. pensa-se e pensa-se muito nesses dias. nessas situações. procuram-se respostas. procuram-se porquês. mas, quem de fato acha? toda a gente sempre está em busca de qualquer coisa e quando não acha tenta justificar suas frustrações de qualquer modo. eu sei. eu faço isso. e foi isso que eu fiz embaixo da água muito quente. refleti sobre os acontecimentos. refleti sobre o que andei fazendo. o que não fiz. e o que fizeram comigo. e sabe? talvez não importe tanto. talvez. porque tudo passa, a gente diz. então, por que a gente se importa tanto? refleti sobre o tempo que vai passando e como a gente acha que acumula experiências. ou acha que curam-se feridas com o tempo. mas, eu não acredito. a gente fala muita coisa. e a gente não sabe de nada. de fato. então, embaixo da água muito quente reflete-se sobre esses acontecimentos que a gente chama de vida. reflete-se sobre a ideia que a gente tem uns dos outros. e em como essas ideias nunca são fieis. reflete-se sobre tudo o que a gente espera do amanhã. mas, se a gente pensar no ontem percebe que nada é tão diferente. então, por que a gente espera algo novo? refleti sobre a dificuldade de encarar os fatos. esses que se posicionam embaixo do nosso nariz. que são tão claros. e refleti sobre como a gente faz papel de palhaço em alguns momentos. papel de palhaço. juntam-se os fatos. e colam-se as pontas. e embaixo da água muito quente chega-se a essa conclusão. a gente faz papel de palhaço. e a gente tenta refletir sobre o peso que carrega nas costas. o peso dos erros. mas, embaixo da água muito quente eles se desfazem. e a gente percebe que pra cada erro existe mais de um dono. sabe? um dia a gente aprende. mas, no outro a gente esquece. porque a gente é burra.

sexta-feira, junho 26, 2009








esse blog precisa de descanso.
urgente.

segunda-feira, junho 22, 2009

"waiting for the death to come" ou como conviver com as dores?

então vc se senta na cama porque já não consegue dormir. e aquele nó na garganta pulsa. pulsa tanto e você imagina que seja seu coração que não cabe mais no lugar querendo sair e sentir-se livre. e dói tão desesperadamente que você tem vontade de tirá-lo com a mão. então, percebe que tem outra dor, mais embaixo... e parece que há um oco em seu estomago. e dói. daí você se dá conta de que todo o seu corpo dói, sua cabeça, seus olhos...seus ossos. de sua mão escorre um suor frio e de seus olhos escorrem lágrimas quentes. e você já não tem medo. não é medo o que sente, é raiva de si quando percebe que tudo deu errado por sua própria culpa. e agora? já não há mais nada além da dor. nada em que você possa segurar. e você se deixa levar... se deixa cair... e não é mais um poço que você cava pra se esconder é o seu lugar te esperando pra ser ocupado.

sábado, junho 20, 2009

...

uma semana. e eu não vejo luz no fim do tunel, nem sinto minhas dores dissiparem. enquanto todos aconselham: viva um dia após o outro, eu já não sei o que é viver. enquanto todo mundo diz que: com o tempo vai passando, eu só vejo passar os dias. e eu estacionei. meus pensamentos tomaram uma única direção e não sabem como desviar. chorar e chorar cansa, mas nem por isso eu consigo parar. e eu tento parar com isso, eu tento ser forte...mas, é tão dificil. é tão dificil retomar uma vida que você já nem lembrava e tentar ocupar os espaços com coisas que já não te satisfaziam mais. é tão dificil ter que viver sem o que eu já tinha por garantido. viver sem o que eu já sabia meu, pra sempre.
e o que se faz com toda essa dor? o que se faz pra sair desse poço, pra retomar a vida...pra esquecer? o que se faz pra não sofrer?

terça-feira, junho 16, 2009















a vida é isso ou pelo menos a vida que eu vejo, a vida que eu sinto é isso: uma sucessão de errosmeus e perdas e tristezas e lágrimas que vão lavando os erros e deixando o espaço para a dor maior.
já não vejo nada, é só um emaranhado de palavras e uma sensação de não-ser, de não-estar.

é dor. dor que não passa.

minha filha morreu, era vida seu nome. nasceu do amor. dois amores bem grandes que se juntaram e disso ela nasceu, a vida. mas, morreu, coitada. lá se foi a vida com apenas oito (nove?) meses... tem quem diga que ela não está morta, apenas dorme. eu acredito. mas, temo. fico aqui velando dia e noite. velando seu sono ou sua morte... tem quem diga que o tempo precisou dela e assim, ela cessou de respirar. fechou os olhinhos e se mantém inerte. desejo que o tempo devolva a vida que é minha, que os amores não se distraiam e a vida volte a ser cuidada.

quinta-feira, maio 28, 2009

a chuva e eu.

a chuva caiu rápida e pesada. esmagadora. veio pra lavar os sofrimentos daqueles que estavam atentos a isso. a chuva lavou o mundo, e deu um banho em minhas angústias, agora elas estão limpas e prontas para partir. basta que você as mande embora, basta tão somente que você as mande embora. eu nunca as deixei entrar definitivamente, não enquanto você estiver aqui, porque dentro de mim não há espaço para ti e para angústia e quando eu tive que escolher, eu escolhi você.  eu escolhi você em todas as opções possíveis, e estou te re-escolhendo, basta que você aceite. 
a chuva lava tudo, todos os pensamentos maus, a dor e as lágrimas. deixa a vida com um ar fresco e limpa. por vezes é preciso que a vida se torne suja para observarmos que quasetudo pode sucumbir. e é por isso que a chuva vem, esmagadora, e deixa tudo como novo, bonito. e é por isso que eu sempre espero a chuva, porque eu conheço os seus benefícios.